sábado, 29 de agosto de 2009

Dar (III)

Dar mundos ao mundo...

A literatura é a forma inesgotável de criar novos mundos e de dar novas cores ao mundo que nos envolve. É uma excelente companhia. Decidi empreender, durante este mês, a leitura de uma obra de fôlego.
Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares, conta, em pouco mais de 600 páginas, a história de uma tradicional família alentejana, proprietária de um latifúndio, e serve-se dos olhos conflituosos dos irmãos Pedro e Diogo Ribera Flores para retratar o(s) mundo(s) das primeiras décadas do séc. XX: o mundo português do fim da Monarquia ao final da Segunda Grande Guerra, com enfoques no advento da República e nas malhas do Estado Novo; o mundo europeu ao sabor das ditaduras que o percorreram; o mundo do Brasil entre o seu próprio Estado Novo e as novas atracções para muitos portugueses.
MST define o seu livro como um romance histórico. Embora o tenha sentido mais como histórico do que como romance, não dei o tempo por mal empregue. A ler e saborear...

Miguel Sousa Tavares, Rio das Flores, Oficina do Livro, 2007 (Brasil: 2008)

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