domingo, 29 de novembro de 2009

Tão laaaamechas e... Happy!



Eu sei que é lamechas, mas tenho fases (muitas, longas, grandes...) em que gosto de ouvir coisas assim. E a voz, quer se goste ou não da(s) letra(s), é fabulosa! Aí está a Miss XFactor de volta, com mais um álbum e um tema que prende ou gruda, conforme a perspectiva...
Este é o tipo de canções que aborda as questões do dia-a-dia, embora de uma forma demasiado evidente e, por isso, pouco artística. E é ou não verdade que, quando estamos magoados, não nos preocupamos muito com "the pain in front of me"? Não é politicamente correcto assumi-lo numa canção pop, mas é mesmo assim... Continuo a achar que, para ajudar os outros, temos mesmo de estar bem com nós próprios! Mesmo que seja politicamente correcto dizer o contrário...

sábado, 14 de novembro de 2009

Testos e panelas


É muito feliz a palavra que pelo Norte utilizamos para designar a tampa da panela: testo! É denso como um texto, acolhedor como um texto, mas mais fechado: testo. E serve para isso mesmo, para fechar, tapar panelas e tachos. E diz o povo, por estas bandas, que há sempre um testo para uma panela, não propriamente no sentido de a fechar, mas de a completar e de juntos formarem uma combinação para a vida.
Tal como muitos provérbios, este tem uma leitura genérica colectiva e não distributiva, ou seja, aplica-se a um determinado universo na generalidade e não forçosamente a cada um dos elementos desse universo. É semelhante à diferença existente entre a frase "O homem é um mamífero" (igual a "cada um dos homens é um mamífero": leitura distributiva) e a frase "O português gosta de opinar sobre tudo" (igual a "uma parte significativa dos portugueses – mas não todos – gosta de opinar sobre tudo:" leitura colectiva).
Na verdade, há alguns testos mais desajeitados, enferrujados, desajustados, que apenas tapam um ou outro recipiente de vez em quando, sem terem tacho ou panela fixos e sendo usados apenas à falta de melhor opção. Estão condenados à solidão, até enferrujarem completamente e serem ecologicamente descartados.
Há panelas igualmente desconchavadas, demasiado desbocadas, que apenas são utilizadas em último caso, para ferver um pouco de água ou cozer aquela carne ou aquele peixe que deixa muito mal tratados os receptáculos que o acolhem. À primeira oportunidade, também são despachados para o além, sem direito a registo ou aviso de recepção.
E, assim, estas criaturas saem do trem da cozinha e entram no comboio do desterro, que as leva para muito longe da vista das pessoas, perante as quais incomodam e se incomodam. Embarcam numa viagem que mostra bem como os provérbios não distribuem verdades absolutas, mas, na sua sabedoria, instituem verdades apenas colectivas.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Spla...shi!!!

Quem me conhece sabe que eu não gosto de sushi: ADORO!
E, como quem não é para comer não é para trabalhar, na ESE temos o hábito salutar de falar de gastronomia durante a labuta. No outro dia, o Rui Bessa contou que ouviu dizer que tinha aberto um restaurante de sushi nos Poveiros. Hmmm!...
Numa terça-feira de chuva (ok, pode ser qualquer uma das últimas 500 aqui no Porto...), ele e eu resolvemos assaltar o dito espaço. Chama-se Splashback e, além da sala de sushi, tem um bar-concerto no primeiro andar e um lounge no segundo. Explicava-me o Rui Paulino David, músico de primeira água que conheço há uns anos e que fui lá redescobrir, que a ideia é acolher quem se passeia pela Baixa ao fim de tarde e quer ouvir um pouco de música e relaxar enquanto faz horas para jantar. Assim, é possível juntar o agradável ao muito agradável no mesmo espaço. É só mudar de piso...
Quando mergulhámos no sushi, chegámos ao paraíso. Criativo, delicioso e equilibrado na relação qualidade/preço! Sessenta e tal peças depois (onde está o emoticon com o ar envergonhado?...), saímos com vontade de voltar um dia destes! Já era tempo de reforçar o contingente sushesco do lado oriental da cidade, que o lado ocidental está magnificamente servido...
Quando eu parar de rebolar e voltar a andar normalmente, prometo voltar ao "Splash"! Alguém se quer juntar?

Será birra? Será Natal?



Até há bem pouco tempo não me imaginaria a colocar no blog um videoclip do David Fonseca. Tenho de admitir que a voz dele sempre me irritou um pouco... Parece que ainda estou a ouvi-lo repetir "Superstars" até à exaustão, num timbre arrepiante! Se as letras se aguenta(va)m, apesar de uma amiga minha estar sempre a lembrar-me como são pobres e banais, a voz mexia com os meus interstícios.
E hoje é o dia em que não quebro, nem torço, mas cedo um pouco. Eu que nem sou nada entendido em música, gosto da harmonia sonora, da letra e até de uma voz mais comedida e por isso menos agressiva ao ouvido (no meu caso só o esquerdo, que o direito não consegue os mínimos para os Jogos Olímpicos...) de "A cry for love".
Já me questiono se estaria a ser demasiado exigente nas canções anteriores ou se, pelo contrário, o espírito natalício está já a apoderar-se de mim!... Se calhar, foi das primeiras iluminações que já apareceram na cidade.